Rio Côa, afluente principal da margem esquerda do Rio Douro nasce na Serra da Malcata, perto dos Foios na Serra das Mesas e desagua no rio Douro.
Corre de sul para norte ao longo de um vale profundamente encaixado e, no seu troço terminal, a respetiva bacia hidrográfica está limitada a nascente pela ribeira de Águeda e a poente pela ribeira do Vale de Vila.
O Vale do Coa permite-nos viajar por milhares de anos de História que as gravuras rupestres do Parque Arqueológico desde o Paleolítico até aos dias de hoje passando pelos tempos castrejos, romanos, árabes, pela própria origem da nação portuguesa.
No Vale do Coa existem núcleos de gravuras e de pinturas rupestres e tornou-se num nome universal desde 1996 com a criação do Parque Arqueológico com uma longa galeria de arte rupestre, cerca de 17 Km de comprimento, tornando-se no maior Museu ao Ar Livre do Paleolítico Superior com uns bons 25 mil anos. remontando aos primeiros tempos da expressão artística humana.
As gravuras têm como suporte, superfícies verticais de xisto, com exposição preferencial a nascente.
A dimensão das gravuras oscila entre 15 cm e 180 cm, embora predominem as de 40-50 cm de extensão.
As técnicas de gravação usadas são a picotagem e o abrasão, que por vezes coexistem, com o abrasão regularizando a picotagem.
Os traços são largos, embora sejam por vezes acompanhados de uma grande quantidade de finos traços, que serviram de esboço ou complementavam os anteriores.
Noutros casos, estes traços finos desenham formas dificilmente perceptíveis.
Existem também gravuras preenchidas com traços múltiplos.
As gravuras representam essencialmente figuras animalista
Foram identificadas até hoje quatro outras estações de arte rupestre paleolítica ao ar livre no mundo inteiro:
Mazouco, Fornols-Haut (Campôme, França), Domingo Garcia (Segóvia, Espanha) e Siega Verde (Ciudad Rodrigo, Espanha), nas margens do Rio Águeda,
a poucas dezenas de quilómetros do Vale do Côa.
O que existe no Côa não é, portanto, somente raro, é, de facto, quase único e poderá firmar-se com toda a justiça que é o
MAIOR Museu Mundial ao Ar Livre do Paleolítico
O Paleolítico superior ou "Idade da Rena" é o período que se estende desde cerca de 38 000 a. C. até 9 000 a. C., em que o Homo sapiens sapiens, o nosso semelhante, apareceu na Europa.
Bacia do Rio Coa
O Rio Côa, afluente do Rio Douro, estende-se com uma orientação grosseiramente sul-norte, numa extensão de 135 / 144 Km,
Zona de xistos a Sul, rochas granitoides ao Centro e de novo zona xistosa ao aproximar-se do Douro
Tem a nascente a NE da Serra da Malcata, a meio caminho entre esta serra e a Serra de Gata (Espanha), a uma altitude de 1175 metros, no sitio de Lameirão, freguesia de Foios, Concelho do Sabugal, a 200 metros da fronteira com Espanha e próximo do vértice geodésico fundamental "Mezas", indo confluir na margem esquerda do Douro próximo de Vila Nova de Foz Côa a 133 m de altitude
Afluentes
Os principais afluentes do Coa são:
Noemi, Ribeira das Cabras, Ribeira de Massueime e Ribeira de Pega (margem esquerda).
Ribeira de Cesarão (margem direita) sendo que esta toma o nome das 3 povoações que encontra no caminho; Ribeira de Forcalhos, Ribeira de Aldeia da Ponte e Ribeira de Vilar Maior
Ribeira de Cesarão (margem direita) sendo que esta toma o nome das 3 povoações que encontra no caminho; Ribeira de Forcalhos, Ribeira de Aldeia da Ponte e Ribeira de Vilar Maior
Relevo
Corre da Serra da Malcata para Foz Côa passando pela Serra da Marofa, relevo modesto pois apenas se levanta da superfície da Meseta entre 100 a 150 m.
A serra da Malcata é uma das maiores elevações do Continente, com 1075 metros de altitude. Localiza-se na região de transição entre a Beira Alta e a Beira Baixa, concretamente entre os concelhos do Sabugal e de Penamacor, integrando-se no sistema montanhoso luso-espanhol da Meseta.
A serra da Marofa é uma elevação da Meseta com 977 metros de altitudes no cimo do cabeço da Marofa (975 m), no cabeço da Serra da Vieira (879 m) e na longa cumeada que, para SSW destes cabeços, se prolonga até ao vértice S. Marcos (855 m)
.......
Clima
No tocante ao clima, o vale divide-se também em dois territórios distintos.
A Sul temos a chamada «Terra Fria», correspondendo aos concelhos do Sabugal, Almeida e Guarda, onde o clima é de rigores, especialmente no Inverno, quando o frio e o gelo imperam.
Já a Norte, nos concelhos de Pinhel, Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa, temos a «Terra Quente», em que o tempo é mais ameno
Cobertura vegetal
A Norte avista-se o olival, a vinha e o laranjal e as amendoeiras floridas cobrem a terra com esplendor.
As terras férteis da Bacia do Côa, "as veigas" levou este povo ao cultivo das terras beneficiando da abundância de água e da fertilidade das suas margens aráveis "as veigas".
As povoações formaram-se onde havia terras férteis ou bons lameiros e prados para o gado
Todas estas povoações se tornavam auto-suficientes cultivando as suas veigas e hortas, criando o seu gado e aperfeiçoando o trabalho comunal:
O forno de cozer o pão, (recolha de lenha para o respectivo aquecimento, limpeza e até o fermento), o lagar, o poço, a fonte, o baldio em geral para apascentar o gado
Cada aldeia tentou substituir por si ou com a ajuda das que lhe estavam nas proximidades.
A evolução das técnicas e da organização social levaram a que este povo procurasse garantir a autossuficiência.
Cada aldeia procurou cobrir as suas carências.
Cada aldeia procurou cobrir as suas carências.
Para além dos agricultores e pastores, a aldeia pejou-se de outros especialistas:
O barbeiro, que talhava barbas, cortava cabelos e era ainda mestre curandeiro que a todos acudia em caso de doença.
O ferreiro, com forja e fundição, que fabricava e reparava os instrumentos agrícolas e ferrava os animais.
O carpinteiro, o pedreiro, o moleiro, o sapateiro, o alfaiate, a costureira, o boticário, enfim, cada um com a sua arte, que colocava ao serviço dos outros.
No seio destas comunidades, entregues a si próprias também se desenvolveu e aperfeiçoou o trabalho comunal. Aqui sobressai o sistema da «adua», ou de trabalho «à vez», que servia para a utilização colectiva do formo, do moinho, do lagar, do poço. Desenvolveu-se assim o trabalho comunitário e solidário de um povo que sabia que tinha de sobreviver e viver em comunidade, de passar o saber de pais para filhos, de dar continuidade à existência e ao labor quotidiano
História
No século XII o Rio Côa servia de raia entre terras leonesas e portucalenses e foi espaço de numerosas e frequentes lutas pela posse das terras da margem direita e esquerda,
Nós finais do século XIII, (12 de Setembro de 1297) com o tratado de Alcanizes, celebrado entre D, Dinis de Portugal e D. Fernando IV de Leão e Castela redefiniram-se as fronteiras, desde o Minho ao Algarve, e as terras de Ribacôa passaram definitivamente para a coroa portuguesa.
Pontes na Bacia do Côa
Rio Côa
1 - Ponte Velha (Almeida)
O barbeiro, que talhava barbas, cortava cabelos e era ainda mestre curandeiro que a todos acudia em caso de doença.
O ferreiro, com forja e fundição, que fabricava e reparava os instrumentos agrícolas e ferrava os animais.
O carpinteiro, o pedreiro, o moleiro, o sapateiro, o alfaiate, a costureira, o boticário, enfim, cada um com a sua arte, que colocava ao serviço dos outros.
No seio destas comunidades, entregues a si próprias também se desenvolveu e aperfeiçoou o trabalho comunal. Aqui sobressai o sistema da «adua», ou de trabalho «à vez», que servia para a utilização colectiva do formo, do moinho, do lagar, do poço. Desenvolveu-se assim o trabalho comunitário e solidário de um povo que sabia que tinha de sobreviver e viver em comunidade, de passar o saber de pais para filhos, de dar continuidade à existência e ao labor quotidiano
História
No século XII o Rio Côa servia de raia entre terras leonesas e portucalenses e foi espaço de numerosas e frequentes lutas pela posse das terras da margem direita e esquerda,
Nós finais do século XIII, (12 de Setembro de 1297) com o tratado de Alcanizes, celebrado entre D, Dinis de Portugal e D. Fernando IV de Leão e Castela redefiniram-se as fronteiras, desde o Minho ao Algarve, e as terras de Ribacôa passaram definitivamente para a coroa portuguesa.
Pontes na Bacia do Côa
Rio Côa
1 - Ponte Velha (Almeida)
2 - Ponte Grande (Almeida)
Ponte Grande - Côa - Almeida
3 - Pontao de Porto de Ovelha4 - Ponte de Sequeiros
5 - Ponte do Sabugal
Ribeira dos Piscos
6 - Ponte Longroiva
Ribeira de Musseime
7 - Ponte Carvalhais (Rib de Mussueime)
8 - Ponte Cerejo (Ribeira Mussueime)
9 - Ponte Avelãs da Ribeira (Rib Musseime)
10 - Ponte de Valbom
11 - Ponte Souro Pires
Ribeira de Cótimos
12 - Ponte Cotimos
13 - Ponte Cogula
Ribeira das Cabras
14 - Pinhel Norte
15 - Pinhel Leste
16 - Pinhel Sudoeste
17 e 18 - Pontão de Pereiros
19 . Ponte de Cabreiras (Rib das Cabras) perto da povoação da Cabreira
Ribeira de Pêga
20 - Ponte do Saltadouro
21 - Ponte da Guarda
22 - Ponte do Lamegal
23 - Ponte dos Moiros (Ribeira dos Malados, afluente da Rib das Cabras)
24 - Ponte de Vilar Torpim (Rib do Lagar de Água, afluente da Rib do Avedal
25 Ponte dos Gaiteiros (Ribeira dos Gaiteiros- Vale Verde) ou Gateira ?
Ribeira do Noémi
26 Ponte da Cerdeira
Ponte da Cerdeira . Ribeira do Noémi
27 - Ponte de Vila Fernando
Ribeira de Cesarão
28 - Ponte de Vilar Maior (Cesarão)
29 - Ponte de Aldeia da Ponte (Cesarão)
30 - Ponte Cipriano (Cesarão)
Ribeira do Boi
31 - Ponte do Boi (Afluente do Cesarão)
Nascente do Côa
Ponte de Sequeiros (Ribeira de Cesarão)
Pontes Ferroviárias
Ribeira do Noémi:
1 - Ponte do Rochoso com 42 metros linha do comboio da margem esquerda para a direita
2 - Ponte de pedra (granito) do Jardo / Castelo Mendo linha do comboio da margem direita para a esquerda
Rio Côa
1 - Ponte de Alvenaria do Rio Côa com 207 metros
Ponte ferroviária de alvenaria dos Oito Arcos. O mais alto de 30m (Rio Côa)
Ponte Alvenaria 8 arcos Rio Côa 1882 a 1948
Na década de 30, século XX a ponte de estrutura metálica (que vinha do séc. XIX - 1882) e que foi trocada em 1948, pela Ponte de Alvenaria que se mostra na gravura
Ponte Alvenaria 8 arcos Rio Côa 1882 a 1948
Na década de 30, século XX a ponte de estrutura metálica (que vinha do séc. XIX - 1882) e que foi trocada em 1948, pela Ponte de Alvenaria que se mostra na gravura
Perfil do troço - Guarda-Vilar Formoso
Ponte Ferroviária Linha do Douro
Mesmo lá em cima, em plena foz Côa-Douro, encontramos esta ponte do caminho de Ferro do Douro num tramo actualmente desactivado (desde 18 de Outubro de 1988)
Tramo Pocinho - Barca de Alva - 1887 com a velhinha máquina a vapor
Ponte do Rochoso 42m (para a ferrovia passar para a margem direita do Noémi)
Ponte do Jardo (para a ferrovia passar para a Margem esquerda) para logo a seguir alcançar o Rio Côa que ultrapassa numa majestosa
Ponte de Alvenaria o Rio Côa (Ponte do Côa de 207m) e segue para Vilar Formoso
Ponte metálica Rio Côa - Casa Eifel 1882 - Conhecida na região por Ponte de Ferro
Ponte do Caminho de Ferro - Linha da Beira Alta - Ribeira do Noémi - Jardo