Sortelha - Sabugal
Heráldica
Escudo de verde, castelo de prata, lavrado, aberto e frestado de negro, firmado num monte de cinco cômoros de ouro, realçados de negro; em chefe, anel de ouro, com pedra de rubi e, em ponta, uma burela ondeada de azul.
Coroa mural de prata de quatro torres.
Listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas : “ SORTELHA “.
Coroa mural de prata de quatro torres.
Listel branco com a legenda a negro, em maiúsculas : “ SORTELHA “.
Data do Brasão 2 de Fevereiro de 1998 Publicada no Diário da República, III Série de 02/02/1998
Orago - Nossa Senhora das Neves Área - 43,27 Km2
Brasão: escudo de verde, castelo de prata, lavrado, aberto e frestado de negro, firmado num monte de cinco cômoros de ouro, realçados de negro; em chefe, anel de ouro com pedra de rubi e, em ponta, uma burela ondada de azul.Orago - Nossa Senhora das Neves Área - 43,27 Km2
Coroa mural de prata de quatro torres.
Listel branco, com a legenda a negro: "SORTELHA".
No Brasão de Armas da antiga vila desenha-se um castelo e um anel.
Deste último símbolo afigura-se ter nascido a toponímia de Sortelha. Sortija, Sortilia ou Sorteia são designações castelhanas para um jogo antigo de cavaleiros que consistia em enfiar a ponta de uma lança num anel de pedrarias que teria um elevado valor simbólico.
Simbologia:
Castelo – por Sortelha ser aldeia – histórica e ser muralhada e com castelo.
Anel – pelo jogo medieval dos cavaleiros passarem as setas no centro do anel até ao alvo pretendido.
Os cômoros - Representa o relevo montanhoso da região.
Ondeado de azul - Representa o rio Liz que atravessa a freguesia.
Foi vila e sede de concelho entre 1288 e 1855.
Era constituída pelas freguesias de Águas Belas, Urgueira, Bendada, Casteleiro, Malcata, Moita, Pena Lobo, Santo Estêvão, Sortelha e Valverdinho.
Tinha, em 1801, 4 096 habitantes em 237 km². Após as reformas administrativas do início do liberalismo foram-lhe anexadas as freguesias de Lomba e Pousafoles do Bispo.
Tinha, em 1849, 6 022 habitantes em 261 km².
Paróquia de Sortelha
Povoação e paróquia de Nossa Senhora das Neves, concelho de Sabugal.
Foi vila e sede de concelho muito antigo.
D. Manuel em Santarém deu-lhe foral novo a 1 de Junho de 1510.
Este concelho, que pertenceu ao distrito administrativo de Castelo Branco até 1855, foi suprimido por decreto de 4 de Outubro de 1855 e pelo qual foi incorporado no concelho de Sabugal.
Faziam parte do seu termo as freguesias de Santo estevão, Casteleiro, Urgueira, Malcata, Águas Belas, Moita e Penalobo.
Sortelha - Aldeia Histórica
Sortelha - Castelo
Sortelha - Pelourinho
Sortelha é uma das mais belas e antigas vilas portuguesas, tendo mantido a sua fisionomia urbana e arquitectónica inalterada até aos nossos dias, sendo considerada uma das mais bem conservadas.
è mesmo considerada como uma das aldeias históricas mais bonitas da Europa
História
Vila fronteiriça de fundação medieval, com foral concedido em 1228, Sortelha só perderá este estatuto concelhio com a reorganização administrativa feita pelo estado liberal no séc. XIX. A antiga vila constitui um espaço urbano medieval (séc. XIII-XIV), que encontra nas necessidades defensivas e na organização militar do espaço a sua matriz essencial, bastante alterada com as intervenções ocorridas no período manuelino (séc. XVI) e na centúria de seiscentos. Semelhante estrutura ainda hoje é observável, porque, desaparecidas as exigências defensivas que estão na origem e posterior utilização do castelo medieval, a sua população preferiu progressivamente instalar-se num
arrabalde, em zona mais fértil e menos acidentada, não sofrendo portanto o espaço dentro de muros adaptação considerável às condições de vida dos séculos mais recentes.
Dois espaços fundamentais configuravam Sortelha.
No ponto mais elevado, sobranceiro ao vale e na vertente mais inacessível, situa-se o Castelo: era o pólo exclusivamente militar, bem marcado pelo perfil destacado da Torre de Menagem; no seu interior ainda se pode ver a Cisterna, para o abastecimento de água e uma Porta Falsa. A serpentear o cabeço e tomando-lhe a forma oval, levantou-se a muralha, no seio da qual se estabeleceu a população da antiga vila. Espaço fechado, comunicava com o exterior por portas abertas a Este - Porta da Vila , Oeste - Porta Nova e Noroeste - Porta Falsa, tendo ainda uma saída de recurso junto ao Castelo. O perímetro defensivo contava além do mais com a Torre do Facho, bem como com outra torre de vigia na Porta da Vila.
A mancha construída revela laboriosa adaptação à extrema irregularidade topográfica, apresentando o conjunto uma disposição em anfiteatro. A malha urbana, pouco densa e composta por quarteirões muito irregulares, estrutura-se a partir de um eixo principal, de ligação entre as portas da Vila, composto pela Rua da Fonte e Rua Direita. Como espaços urbanos mais significativos surgem: o Largo do Corro, amplo terreiro aberto à entrada nascente da Vila, onde se ergue uma árvore secular e se destaca uma Fonte de mergulho medieval ou quinhentista; o Largo do Pelourinho, onde se localiza a Casa da Câmara e Cadeia e o Pelourinho, constituindo além do mais a zona de acesso ao Castelo; o Largo da Igreja, de limites imprecisos e que funciona como articulação viária entre a Rua da Fonte e a Rua Direita; e por fim, um espaço muito específico, formado extramuros, junto à Porta Nova: ladeando o troço da Calçada Medieval, ligação antiga da vila à Ribeira da Cal ao Casteleiro, encontram-se as ruínas da Igreja de Santa Rita, o antigo Hospital da Misericórdia, do séc. XVII (reaproveitamento de uma gafaria medieval) e, junto ao cemitério, a Capela de Santiago.
No que respeita à habitação, domina a casa de dois pisos, construída com materiais da região. Tem planta rectangular, localizando-se a loja no piso térreo e a habitação no superior. O acesso faz-se por escada interna de tiro em madeira, ou através de escadas exteriores com patamar e balcão simples, sendo raro o alpendre. O número de portas e janelas é reduzido ao essencial, e muito pontualmente surgem decoradas (janela manuelina, moldura de meia cana, elementos estruturais biselados). Nesta arquitectura rude e discreta destacam-se algumas habitações por na fachada exibirem pormenores mais cuidados e que ,por vezes, correspondem a uma singular identidade social do ocupante - Casa do Escrivão, Casa do Governador e Casa do Juiz.